Serra Gaúcha – Parte III (Vale dos Vinhedos)

 

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Parreirais a perder de vista nas vinícolas no Vale dos Vinhedos. Na época estavam nascendo os primeiros brotos

Ainda ficaram muitas coisas para se fazer em Gramado e Canela, mas nossa intenção foi realmente ir onde estivemos e seguir viagem até a região da Uva e do Vinho, o Vale dos Vinhedos, com estadia em Bento Gonçalves.

Já li muitos roteiros nos quais a visita à região é feita em um só dia, num bate e volta, mas garanto que existe muito a ser explorado e compensa demais ficar uns dias por lá.

Bem, vamos começar pela ida de Gramado para Bento Gonçalves.

Fizemos uma parada em Nova Petrópolis, para conhecer alguns pontos da região e visitar um restaurante que nos interessou demais.

Trata-se do Colina Verde (http://www.restaurantecolinaverde.com/), restaurante que fica no alto de uma colina, com vista linda, e oferece o kerb, um banquete com comida alemã, mesclada com receitas italianas e gaúchas.

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Almoço no restaurante Colina Verde – um baquete inesquecível

Os atendentes se vestem a caráter e com toda excelência explicam como a casa funciona. Vá com fome e aprecie cada detalhe. São tantas opções que fica difícil provar de tudo.

O preço é muito em conta pelo oferecido e tem-se o prazer de experimentar a comida alemã com toda excelente.

Esse foi um dos pontos altos da viagem e só de lembrar da vontade de voltar. Passando por lá, tente incluir no roteiro.

Depois do delicioso almoço demos uma volta por Nova Petrópolis, visitando o Parque Aldeia do Imigrante e o Labirinto Verde (avenida 15 de Novembro, Centro, Nova Petrópolis).

Retomamos a estrada rumo a Bento Gonçalves e, antes de chegar lá, passa-se em Carlos Barbosa, a cidade famosa pela loja da fábrica da Tramontina (R. Rio Branco, 150 – Centro, Carlos Barbosa – RS, 95185-000 ou Rua Maurício Cardoso, 193 – Centro).

Na nossa chegada acabamos não passando na loja, e voltamos em outro dia, porque no caminho houve um deslizamento de terra na estrada, em decorrência da chuva, atrasando nossa ida.

A loja, quando fomos, disponibilizava 20% de desconto em todos os itens. Soube que os descontos antes eram maiores e, comparando com preços da internet, vi que hoje em dia pode não ser a opção mais barata para compras. Por outro lado, a loja é imensa e tem uma variedade de produtos enorme, o que faz a ida lá valer bastante a pena. A dica, nestes casos, para a ida às compras não tomar tempo demais e comprometer o lazer, é já ir com uma lista de itens que se pretende comprar e uma pesquisa de preços para ter como referência. Gastar com bom sendo e apenas o necessário significa ter mais dinheiro para viajar…

Hospedagem em Bento Gonçalves

Escolhemos um das pousadas da vinícola Casa Valduga – Vila Valduga (Via Trento, 2355, Vale dos Vinhedos – Bento Gonçalves (54 21053154) – para nossa estadia em Bento Gonçalves e foi outro ponto memorável da viagem. Estar hospedado dentro de uma vinícola, por si só, foi um charme.

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O atendimento, o tamanho do quarto escolhido, a estrutura do local, enfim, tudo foi maravilhoso.

A vinícola é aberta para visitação do público externo, com a possibilidade de se fazer tour guiado e conhecer o local e a produção de vinho. Para os hóspedes, a visitação ou curso faz parte da estadia, devendo apenas ser previamente agendada, devido à procura e vagas limitadas. Também existe loja para compra das bebidas, as quais são vendidas com desconto para quem está hospedado em uma das pousadas da vila.

Um detalhe: a pousada não aceita hóspedes menores de 18 anos.

No café da manhã, há pianista tocando lindas músicas e até espumante está disponível para se degustar. Pães, bolos e quitutes saborosos, além de toda beleza das jardins e área externa das pousadas, vistos pelas janelas.

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Passeios na região do Vale dos Vinhedos

O fato de já estarmos no Vale dos Vinhedos nos proporcionou conhecer um pouco da região. Há muitas outras vinícolas, grandes e menores, espalhadas na região, devendo-se programar a visita conforme o interesse. Apenas para citar, dentre outras, ali se encontram as vinícolas Miolo, Aurora, Larentis, Don Laurindo, Almaúnica, Lídio Carraro, Cave de Pedra, Pizzato, Marco Luigi, Peculiare e Salton.

Como já estávamos na Casa Valduga, não visitamos outras, devido às demais atividades que pretendíamos fazer.

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Visitação na Casa Valduga – reserve com antecedência

Um destes passeios, que fizemos em um dia sem pressa, foi percorrer o roteiro “Caminhos de Pedra”.

Trata-se de um conjunto de estradas, na região rural do distrito de São Pedro, pertencente ao município de Bento Gonçalves. Os trechos foram declarados patrimônio histórico do Rio Grande do Sul e contêm diversos pontos de visitação e observação externa, resgatando e preservando a história e memória dos imigrantes italianos na região nos idos de 1875.

Ao longo do percurso os pontos de visitação revelam um pouco do lugar: lojas, restaurantes, museus, espaço de fotografia, sendo que algumas são construções originais restauradas.

Para conhecer o que o trecho oferece, visite http://www.caminhosdepedra.org.br

Em nossa passagem por lá, paramos nas seguintes casas:

Casa de Erva Mate – Lindíssima construção, rende belas fotos. Na visita é possível conhecer sobre o ritual de preparação do chimarrão gaúcho e ainda degustar a bebida.

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Casa da Erva Mate

Casa das Cucas Vitiaceri, onde se pode comprar, além de sucos de uva, espumantes e vinhos, as deliciosas cucas recheadas.

Casa Vanni – foi o restaurante que escolhemos para almoçar. Olhando por fora pode-se ter a impressão que a casa está fechada, pois o restaurante fica no porão, sendo necessário descer pela lateral para encontrar o acesso ao estabelecimento.

O menu era pequeno, mas fantástico!! Foi certamente uma das melhores refeições que fizemos na viagem.

Casa do Tomate – O bacana dessa casa é que ela conta com guia, o qual faz a explicação não somente da produção do tomate e derivados, da gasosinha (refrigerante natural), mas do próprio trecho Caminhos de Pedra. Há lojinha com venda dos produtos típicos.

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Casa do Tomate

Estúdio de fotos à moda antiga, onde é possível fazer produção caracterizada, e ainda comprar vinhos e outros itens personalizados (destaque para o atencioso proprietário Zeca).

A região merece ser percorrida lentamente, apreciando cada detalhe, num prazeroso mergulho pela história da imigração italiana no sul do Brasil.

No dia seguinte, fizemos o curso de degustação de vinhos oferecido pela Casa Valduga e à tarde fomos para a cidade de Bento Gonçalve fazer o passeio de Maria Fumaça.

Compramos os tickets antecipadamente pela internet, conseguindo melhor preço (http://www.giordaniturismo.com.br/). No horário determinado, chegamos para retirar os ingressos e aguardar a saída na Estação Férrea de Bento Gonçalves – Rua Duque de Caxias, s/n°, Cidade Alta.

O passeio de Maria Fumaça compreende o trecho em apenas um sentido, passando pelas cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa.

Mesmo quem fará o passeio com o trem saindo de Carlos Barbosa (quando ele retorna para  Bento Gonçalves), a saída acontece na estação de Bento, onde se pega um ônibus que nos leva até Carlos Barbosa.

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Maria Fumaça chegando em Carlos Barbosa – música e muita emoção em uma bela viagem no tempo

O trecho é muito bonito, com apresentações durante o percurso, música e muita animação. Na parada em Garibaldi há degustação de vinhos e suco de uva integral.

Ao desembarcar ainda pudemos assistir a um teatro que conta a história da imigração italiana para o Brasil, incluído no ingresso comprado para o passeio do trem. Gostamos bastante.

Relembrando nossa ida à serra gaúcha só trouxe à memória um tempo maravilhoso em um lugar que vale a pena ir e dá muita vontade de voltar.

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